Dos anos 80 para cá, o mercado de saúde vislumbrou grandes avanços nos sistemas de TI graças à capacidade de digitalização, armazenamento, processamento e exibição de imagens médicas. Para falar de PACS (Picture Archiving and Communication System) precisamos ter em mente o conceito de uma rede de computadores que funciona de maneira coesa. Para essa comunicação, que inclui gerenciamento de imagens e informações clínicas, o protocolo DICOM é o usado. O PACS é o principal responsável por gerenciar o fluxo da imagem.
Formado por componentes de hardware e software, o PACS tem o poder de interligar sistemas de informação médica a um sistema integrado de TI das instituições da área de saúde. O servidor do PACS é a peça fundamental de sua arquitetura e pode ser dividido em dois componentes principais: o controlador PACS e o servidor de arquivamento de imagens.
O controlador é formado por equipamentos e programas que gerenciam a comunicação e todo o fluxo de dados no PACS. Composto por computadores de alto desempenho, dispositivos de armazenamento e conexões de rede ultrarrápidas, o servidor é como um datacenter e tem como principais responsabilidades armazenamento, segurança e integridade dos dados das imagens recebidas.
No quesito equipamentos, dois aspectos são muito importantes ao se pensar em PACS: disponibilidade e resiliência. É preciso que o sistema trabalhe de maneira inoperante, ou seja, não podem acontecer paradas não programadas durante o período de funcionamento. Já a resiliência diz respeito à capacidade de retomada das tarefas após uma parada imprevista. Os equipamentos que compõem a estrutura do PACS devem ter alta disponibilidade e alta resiliência.
Outro aspecto importante no processo de implantação de um PACS refere-se ao estudo de viabilidade baseado na avaliação do custo-benefício. Além do custo de retorno para a instituição é essencial levar em conta três aspectos básicos: benefícios relacionados ao paciente, os relacionados ao diagnóstico e os relacionados ao serviço.
Do ponto de vista do paciente, os ganhos possíveis se refletem imediatamente na agilidade oferecida no atendimento ao paciente. Já os benefícios relacionados ao diagnóstico refletem, principalmente, em melhorias possíveis para a prática dos profissionais de saúde. Facilidade no acesso a informações diversas, consequentemente, oferece mais suporte à tomada de decisão. Os benefícios relacionados ao serviço (ou à instituição) se refletem principalmente em aspectos financeiros, já que oferecem a possibilidade de um maior controle de procedimentos, diminuição de perdas e repetições e diferenciação do serviço prestado.